Na primeira semana deste mês de julho, a temperatura mais quente já registrada desde o começo das medições fez com que a ONU desse um alerta: as mudanças climáticas estão fora de controle. O recorde de calor foi batido no dia seguinte, e tudo indica que as temperaturas continuarão a superar as máximas já registradas.
Essa situação, que leva a eventos climáticos extremos e impactos devastadores, demonstra a urgência de ações globais imediatas para combater o aquecimento global e suas consequências catastróficas para o planeta.
Além dos impactos ambientais, as mudanças climáticas têm um efeito negativo para a saúde humana em diferentes níveis. Aqui estão alguns dos principais impactos:
- Aumento da mortalidade e morbidade relacionadas ao calor: com o aumento das temperaturas, espera-se um aumento nas mortes e doenças relacionadas ao calor, como insolação, desidratação e exaustão pelo calor. Populações vulneráveis, como idosos, crianças, pessoas com condições de saúde pré-existentes e comunidades de baixa renda são particularmente afetadas.
- Aumento das doenças transmitidas por vetores: o aumento das temperaturas e as alterações nos padrões de precipitação afetam a distribuição geográfica e a temporada de vetores de doenças, como mosquitos e carrapatos. Isso pode resultar em um aumento na propagação de doenças como malária, dengue, zika, chikungunya e doença de Lyme.
- Agravamento das doenças respiratórias: alterações como o aumento da poluição do ar e do pólen podem agravar condições respiratórias existentes, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Isso pode levar a um aumento nas internações hospitalares e nos problemas de saúde respiratória.
- Aumento das doenças relacionadas à água: a variabilidade do clima afeta a disponibilidade e a qualidade da água potável. A falta de acesso a água limpa e saneamento adequado pode levar ao aumento de doenças transmitidas pela água, como cólera, diarreia e hepatite A.
- Impactos na segurança alimentar e desnutrição: as mudanças climáticas afetam a produção agrícola, com consequências na segurança alimentar. A diminuição da produtividade agrícola, as secas e as inundações podem levar à escassez de alimentos, desnutrição e aumento da fome em certas regiões.
- Aumento de distúrbios mentais e psicossociais: eventos climáticos extremos, como furacões, inundações e secas prolongadas, podem causar danos emocionais, traumas e estresse psicológico nas populações afetadas. Isso pode levar a um aumento dos distúrbios mentais e psicossociais, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Esses são apenas alguns exemplos dos impactos das mudanças climáticas na saúde humana. É importante destacar que os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas e comunidades de baixa renda são os mais afetados por esses impactos. A mitigação das mudanças climáticas e a adoção de medidas de adaptação são fundamentais para proteger a saúde e o bem-estar.