Em nosso percurso diário, a Comunicação Não Violenta surge como uma ferramenta eficaz para a promoção de relações saudáveis e construtivas. É comum, no nosso cotidiano, sermos afetados pelo outro ou afetá-lo negativamente.
Muitas vezes, dizemos que a pessoa foi grosseira ou faltou empatia e, por vezes, não encontramos as palavras para expressar o que ocorre no nosso mundo interno.
Principais características da Comunicação Não Violenta (CNV)
Para uma vida mais equilibrada, a comunicação torna-se essencial. A seguir, vamos explorar as práticas fundamentais da CNV, destacando seus pontos cruciais. Confira!
Observação sem julgamento
Constitui a espinha dorsal da comunicação não violenta. Ao invés de emitir críticas diretas, o foco da atenção deve estar em fatos concretos e objetivos. Por exemplo, substituir a afirmação “Você está sempre atrasado” por “Percebo que chegou 15 minutos após o combinado”; estabelece uma plataforma objetiva, reduzindo preconceitos e mal-entendidos.
Expressão assertiva de sentimentos
A expressão assertiva de sentimentos envolve ser honesto sobre emoções sem atribuir culpa. Em vez de culpar, é importante expressar de maneira neutra, como “Quando essa situação (chegar 15 minutos após o combinado) ocorre, sinto-me frustrado e ansioso”. Essa abordagem focaliza as emoções sem responsabilizar diretamente o outro, propiciando uma comunicação mais aberta e receptiva.
Identificação de Necessidades
Para compreender as necessidades humanas, é vital atentar-se aos sinais verbais e não verbais. Observar expressões faciais, linguagem corporal e palavras-chave que indicam desejos ou preocupações é essencial.
Além disso, fazer perguntas abertas sobre o que é importante para a outra pessoa facilita a compreensão das necessidades, fortalecendo a empatia na comunicação. “Parece que neste horário ocorrem muitas adversidades que podem comprometer o tempo e sinto que assim nossas necessidades de produtividade e colaboração não estão sendo atendidas.”
Formulação de pedidos assertivos
Ao formular pedidos, a clareza torna-se fundamental. Evitar demandas vagas e optar por expressões diretas, como “Você poderia me ajudar com [tarefa específica] às [horário específico]?”, facilita a compreensão e resposta à solicitação, promovendo uma interação mais eficiente e colaborativa.
A prática da comunicação não violenta, guiada por observação sem julgamento, expressão assertiva de sentimentos, identificação de necessidades e formulação de pedidos, aparece como um caminho para construir relações mais harmoniosas e significativas.
Essas práticas não só fortalecem os laços interpessoais, mas também contribuem para um ambiente mais saudável e colaborativo. No entanto, é um processo que demanda treino para que seja cada vez mais aprimorado e natural.
Sara Carlos da Silva – Psicóloga da Starbem (CRP 06/134844)