É comum pensarmos que sentir raiva é ruim ou errado, mas hoje veremos o que os estudos científicos descobriram sobre esse assunto.
Primeiro, cabe lembrar que a raiva é uma emoção natural do ser humano, assim como a alegria e a tristeza. Ou seja, ela existe, e não devemos reprimi-la, mas sim entendê-la para agir da melhor forma quando o “sangue subir”.
A natureza da raiva e a perspectiva da CNV
Segundo o Instituto de Comunicação Não-Violenta – CNV, a raiva é uma consequência da cultura em que vivemos, onde a maioria acredita em frases como “é preciso ser bravo para impor respeito”, ou “o outro é mau, por isso sinto isso”.
Acabamos justificando atitudes que podem ser agressivas, mesmo que verbalmente. Para mudarmos a rota, é necessário pausar, identificar e compreender as situações que engatilham essa emoção. Então, podemos escolher uma atitude não violenta e focada na solução do problema.
A complexidade da emoção
Em um estudo recente, as psicólogas brasileiras Aguiar e Penna (2023) analisam a raiva como uma emoção complexa frente a situações ameaçadoras ou desafiadoras.
A emoção é uma junção de fatores psicológicos, fisiológicos e neurais, o que explica momentos em que nos sentimos descontrolados psíquica e fisicamente.
Essa emoção pode aumentar a agressividade e nos colocar em risco ou até prejudicar terceiros. Por isso precisamos aprender a nos controlar emocionalmente e aproveitar essa oportunidade para mudanças efetivas.
O lado positivo da raiva
Já o psicólogo Ryan Martin aponta o lado positivo de sentirmos raiva e ressalta que outras emoções aparecem em conjunto. Os gatilhos variam em cada indivíduo, mas todos nós conhecemos essa sensação desde bebês, quando não conseguimos o que queríamos.
A raiva é um sentimento ligado à sensação de injustiça, mas pode ser positiva se usarmos como combustível para lutar por nossos propósitos sem violência.
Raiva crônica e Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)
Existe também uma condição chamada de “raiva crônica”, quando essa emoção se torna frequente na vida, levando a comportamentos agressivos, inclusive verbais, e falta de controle emocional constante. Isso pode ser diagnosticado como Transtorno Explosivo Intermitente (TEI).
Busque auxílio profissional de psicólogos e psiquiatras para o tratamento, protegendo sua integridade e a das pessoas ao seu redor. Ressaltamos que atos danosos em acessos de raiva podem ser respondidos judicialmente.
Lidando com a raiva
Então, o que fazer em momentos de raiva? Vamos usar esse sentimento como motivação para mudanças pessoais e sociais! Aprender atitudes autorreguladoras é essencial.
Podemos expressar nossas angústias e indignações por meio da escrita, desenho, artes, música e estudos de estratégias para a solução do problema. Durante o processo de psicoterapia você pode aprender a lidar com as emoções de forma mais saudável.
Os profissionais de saúde mental da Starbem estão pronto para te ajudar. Conte conosco!
Luana Segismundo Molessani – Psicóloga da Starbem (CRP – 06/167361)